Alunos e amigos me fizeram essa pergunta recentemente e achei oportuno resgatar aqui alguns conceitos da economia que norteiam este tema.
A moeda é um meio de troca que ao longo dos séculos vem se adaptando às formas de comercialização da humanidade. É uma medida de valor, pois concentra em si o desejo de posse, assim como é também uma reserva de valor, pois seu poder de troca não se limita ao tempo e ao espaço. Desta forma, a humanidade já utilizou diversas formas de moeda como meio de troca e pagamento, conforme seu estágio de evolução: gado, sal, metal bruto, moeda metálica, papel moeda e cartões magnéticos.
A criptomoeda, ou o Bitcoin, surge no contexto da quarta revolução industrial, no início do Século XXI, na era da inteligência artificial, da reestruturação da economia internacional, no apogeu da comunicação social e comercial entre as pessoas, mercado e governo, através da internet e redes sociais. A moeda virtual que circula em blockchain, resgatando conceitos econômicos da força do mercado livre e sem interferências governamentais.
O surgimento da moeda eletrônica é alvo de ceticismo para os que ainda não se deram conta do processo natural da evolução, ou causa desconforto para os que tem mais dificuldade em se adaptarem às mudanças de hábitos sociais ou comerciais. Se a tecnologia se transforma com maior velocidade a cada ano que passa, por que os meios que intermeiam as relações não evoluiriam também?
A minha resposta a esta pergunta foi: o maior risco que o Bitcoin oferece é àquele que ignora o processo natural da evolução.
Adriana Gurgel - Economista e Mª Contabilidade